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Mostrando postagens de janeiro, 2024

É melhor ser inocente ou malicioso?

Hoje, ocorreu um evento bastante peculiar, para não dizer indignante, envolvendo minha esposa e eu. Precisávamos adquirir um documento público, cuja demanda excedia em pelo menos três vezes a capacidade do órgão responsável por emiti-lo. Como resultado, formou-se uma fila na entrada do edifício, que só foi aberta às 8h da manhã. Conscientes das dificuldades em obter o documento, optamos por chegar ao local às 4h da manhã. Logo, uma fila começou a se formar à medida que mais pessoas chegavam, determinando a prioridade de cada indivíduo para obter uma das dez cobiçadas senhas para o atendimento do dia. Entretanto, quando as portas foram finalmente abertas, uma corrida se desencadeou. Ao contrário da fila organizada por ordem de chegada, dentro do prédio, surgiu uma fila que favoreceu aqueles que conseguiram atropelar os demais, correndo mais rapidamente em direção ao local de distribuição das senhas. É evidente que nós não fazíamos parte dessas dez novas prioridades. Este incidente m...

Somos belos ou não? Como percebemos a nossa própria beleza física

Ao longo da história, a concepção de beleza física passou por uma notável evolução, moldada por fatores culturais, sociais e históricos. Em diferentes épocas e regiões, as ideias sobre o que é considerado esteticamente atraente variaram significativamente. Na antiguidade, muitas culturas atribuíam valor à simetria e proporção nas características faciais e corporais. Na Grécia Antiga, por exemplo, a beleza estava intrinsecamente ligada à harmonia e equilíbrio. Durante a Idade Média, o padrão de beleza era associado a características que refletiam virtudes morais e espirituais, mais do que a ideais de perfeição estética. Na Renascença, houve um retorno ao ideal clássico, com uma valorização renovada da beleza harmônica. Já no século XIX, a beleza era muitas vezes associada à saúde e robustez. Mulheres com curvas voluptuosas eram consideradas ideais. O padrão de beleza física no século XX foi marcado por diversas mudanças e influências culturais, refletindo as tendências específ...

Do Vão da Janela: Reflexões sobre a Eutanásia

Pela janela do quarto tenho o privilégio de apreciar uma encantadora igrejinha. Inúmeras vezes, entreguei-me à contemplação desse monumento, que exibe em sua estrutura as linhas de séculos passados. A modesta porta, ainda adornada com luzes e enfeites natalinos, é como uma porta do tempo, que me transporta para terras distantes. Sobre a porta, desponta uma janela alongada, enquadrada pelas laterais de um telhado inclinado, como se esperasse pela neve que jamais vestiu o local. Além da fachada, a igreja se estende elegantemente em harmonia com a praça, até alcançar o término de sua breve extensão. Neste exato momento, apreciando a bela igrejinha, testemunho o desfecho das cerimônias da despedida de Horácio. O cortejo deixa o santuário rumo ao cemitério, apressando-se como se buscasse evitar interferir nas alegres celebrações do Dia de Reis prestes a iniciar-se. A modéstia da caravana presente surpreende. Entre eles encontram-se, a mãe, o filho e poucos amigos que permaneceram ao seu l...

Do Eu para o Eu: A relação consigo mesmo

Durante nossa trajetória, nos deparamos com uma diversidade de indivíduos, vivenciando uma multiplicidade de momentos, cada um contribuindo para nossas experiências. Há pessoas com as quais valorizamos estabelecer conexões, enquanto outras simplesmente não despertam nossa afinidade, algumas com as quais desfrutamos de seu convívio e outras das quais preferimos nos distanciar. E em relação aos relacionamentos que temos com nós mesmos, ele também está sujeito às mesmas regras que os relacionamentos externos? Podemos gostar ou não de nós mesmo? A resposta parece indicar uma analogia notável. Assim como nas relações com os outros, nossa relação intrapessoal também está sujeita a regras e dinâmicas semelhantes. Podemos, de fato, experimentar afinidade ou desafio ao nos depararmos com nossa própria essência. Como há aqueles com quem não compartilhamos afinidade, também podemos nos encontrar em situações em que nossa relação conosco é marcada por conflitos internos, autocrítica ou até m...