Dentro de muitos lares, a cena se repete com variações quase imperceptíveis. Uma criança sentada no sofá, o rosto iluminado pelo brilho da tela; um pai ou uma mãe passando apressado pelo corredor, tentando equilibrar trabalho, cansaço e culpa. Nada de extraordinário — apenas um instante comum, tão familiar que já não desperta atenção. Mas é justamente aí, nesse intervalo doméstico, que algo decisivo acontece. A disputa pelo futuro não se dá em laboratórios distantes nem em conferências sobre tecnologia; ela começa nesses momentos cotidianos em que os pais se ausentam por segundos e os algoritmos chegam primeiro. E, sem alarde, vão ocupando o lugar de quem educa, de quem acompanha, de quem molda. É uma disputa desigual. Os pais chegam tarde, distraídos, saturados por demandas. Os algoritmos estão sempre lá, registrando cada pausa, cada hesitação, cada deslizar de dedo na tela. Enquanto os adultos percebem apenas o que conseguem ver na pressa do cotidiano, os sistemas mapeiam temperament...
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