Agora que o tempo se estreita e os dias não são mais promessas, posso finalmente dizer aquilo que evitei a vida inteira: Eu vivi para o futuro. Como quem trabalha para um patrão que nunca aparece. Fiz planos, sacrifícios, renúncias. Aguentei o insuportável dizendo a mim mesmo: “um dia vai valer a pena”. E esse dia nunca chegou — pelo menos, não da forma que eu esperava. Houveram momentos bons, claro. Frutos de tudo que construí, pessoas que amei, aprendizados que carrego comigo. Mas o amanhã sempre foi uma miragem na linha do horizonte. Quando parecia que estava perto, já havia se transformado em outro plano, mais distante, mais exigente, mais ameaçador. Era como se o depois estivesse sempre um pouco além do alcance do esforço de hoje. E eu segui. Segui sem respirar direito. Sem me permitir pausas. Sem perder tempo com bobagens. Porque bobagens não constroem um futuro sólido. E eu queria solidez. Eu recusei convites, silenciei impulsos, adiei viagen...
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