Ultimamente, tenho a sensação de que o mundo virou uma grande startup. Acordo todos os dias esperando um investimento divino, um capital de risco celestial que transforme meu cotidiano em um caso de sucesso. Mas o máximo que consigo é fazer o café sem derramar. Enquanto isso, um rapaz de 19 anos cria um aplicativo que conecta pessoas que perderam meias e vende a ideia por bilhões. Não é inveja. É antropologia. Estou genuinamente fascinado por esse novo ecossistema em que tudo pode dar certo — menos o razoável. As grandes fortunas agora nascem do nada, florescem em semanas e se multiplicam como coelhos digitais. As empresas com séculos de história, fábricas, terrenos, navios, máquinas, pessoas — todas parecem figuras românticas de um passado artesanal. O futuro, ao que parece, pertence a quem não sua. E lá estou eu, assistindo a tudo, com a dignidade dos que ainda acreditam em currículos. Lembro do tempo em que o sucesso era um processo — e não um sorteio transmitido em tempo real. ...
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