Carrego comigo alguns arrependimentos, e há neles uma diferença essencial. Uns me parecem mais leves, porque a vida, generosa, me ofereceu ocasiões semelhantes onde pude escolher de outro modo. É como se tivesse reencontrado antigos cruzamentos do destino e, dessa vez, tomado a estrada certa, resgatando algo de mim que ficara perdido lá atrás. Mas existem outros arrependimentos que não concedem essa trégua: sei que jamais retornarei àquelas encruzilhadas, jamais terei a chance de me testar de novo. Esses permanecem mais pesados, como páginas que não se deixam reescrever. Será que o arrependimento só se desfaz quando a vida nos conduz novamente ao mesmo cenário, oferecendo a chance de corrigir o gesto, alinhar a palavra, estender a mão que antes hesitou? Por vezes me parece que sim, pois essa repetição carrega um sabor de redenção, como se o tempo, generoso e paciente, concedesse ao erro a oportunidade de se transformar em aprendizado vivo. Mas será que o arrependimento se resume a is...
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